O delegado de Porto Real, Michel Floroschk, classificou como atentado político o fato ocorrido na noite da quinta-feira (26), quando tiros foram disparados no comício do prefeito Alexandre Serfiotis (MDB), realizado em uma praça do bairro Nova Horizonte. Ninguém foi ferido, mas houve pânico entre os apoiadores do prefeito, que concorre à reeleição. Ele discursava no momento em que foram feitos feitos ao menos quatro disparos. O comício foi encerrado diante da confusão que se estabeleceu.
Policiais militares que estavam no local conseguiram identificar um suspeito, que pouco depois foi encontrado em casa. Segundo o que foi apurado, ele costuma andar armado e faz oposição a Serfiotis, embora não seja candidato. Na residência dele, foram apreendidas três armas e quase R$ 10 mil em espécie. Um cofre também foi recolhido, mas, segundo Floroschk, o preso se negou a fornecer o segredo para que fosse aberto.
“O prefeito já havia nos procurado há cerca de dez dias, relatando que vinha sofrendo ataques na internet da mesma pessoa, que é filiada a partido de oposição ao governo. Serfiotis disse que estava sentido temor, por considerar esta pessoa violenta”, disse Floroschk ao FOCO REGIONAL. “O que estamos apurando é se o suspeito agiu por conta própria ou se recebeu [dinheiro] para fazer, porque não é normal alguém ter esta quantia em dinheiro dentro de casa. Mas que a motivação foi política não restam dúvidas”, acrescentou.
‘Deplorável’ – Em um vídeo publicado em redes sociais ainda na noite da quinta-feira, Serfiotis, de 49 anos, considerou grave o ocorrido, dizendo que vem fazendo uma “campanha de paz, sem ofender ninguém”. Ele classificou o episódio de triste e deplorável. “Nunca imaginei viver isso em minha cidade”, disse, sem responsabilizar alguém diretamente.
O candidato, filho do ex-prefeito de Porto Real, Jorge Serfiotis, já falecido, acrescentou que vai “continuar fazendo a campanha de forma limpa”.
Serfiotis concorre à reeleição enfrentando o ex-prefeito Ailton Marques (PDT), que foi vice do pai dele e assumiu o governo com a morte de Jorge no final de julho de 2017. (Foto: Reprodução do Facebook e Polícia Civil)