A corrida é uma atividade física democrática, pois não precisa de muitos equipamentos e pode ser realizada em qualquer lugar. Esse exercício queima calorias e traz muitos benefícios para a saúde física e mental e, de acordo com pesquisas, a estimativa é que tenham mais de 5 milhões de corredores no Brasil. Mas, todo mundo pode praticar essa modalidade esportiva, bastando calçar um tênis e sair correndo? A resposta é um sonoro NÃO! De acordo com o coordenador do curso de Educação Física do Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA, professor Silvio Vilela, a corrida não é indicada para todas as pessoas, porém existem outras atividades que podem substitui-la. Quem decide pela prática da corrida por conta própria pode sofrer consequências sérias.
Para entender melhor o assunto, Silvio Vilela explica que a corrida é uma atividade física de alto impacto para as articulações dos membros inferiores e coluna vertebral, além de exigir muito de toda a parte cardiorrespiratória. Por isso, inicialmente, é preciso saber se está tudo bem com a saúde e entender se a corrida é realmente a melhor indicação para aquele indivíduo.
Em primeiro lugar, marque uma consulta médica para que possa ser feita uma série de testes e avaliações da condição física geral. Depois procure orientação de um profissional de educação física para que ele possa, a partir do que foi diagnosticado pelo médico, montar um programa individual de corrida, de acordo com o objetivo da pessoa e sua capacidade física naquele momento.
O professor é enfático ao afirmar que não é só calçar um tênis e sair acelerando pela rua. “De modo nenhum isso deve ser feito, independente da idade e do sexo. Sair por aí correndo sem uma avaliação médica e um programa personalizado pode ter consequências terríveis para a sua vida. Todo exercício físico precisa da orientação de um profissional que estudou e se formou para isso”.