O governo federal lançou na última terça-feira (19) o aplicativo “Celular Seguro”. A ferramenta busca bloquear, de forma imediata, o acesso a aparelhos furtados ou roubados em todo o país.
Para utilizar o aplicativo, é só fazer o download do “Celular Seguro” nas lojas de aplicativos. No caso de aparelhos tipo Android, a aquisição acontece no Google Play Store. Já no iPhone, o usuário deve recorrer à App Store. Após a instalação, o usuário deve cadastrar os dados do celular na plataforma gov.br.
“Caso você seja roubado, é só acionar o sistema por um computador que operadora telefônica e bancos são notificados no mesmo instante, bloqueando acessos”, explicou Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, nas redes sociais. “Uma medida importante para diminuir a dor de cabeça e as perdas financeiras de quem passa por furto ou roubo”, complementou o ministro.
“O aplicativo funciona como um atalho, um botão de emergência”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli. “O bloqueio inibe a receptação por quem compra o celular de origem duvidosa. Não vai mais [ocorrer], o que desestimula o roubo. A pessoa não vai ter coragem de vender se não terá acesso às informações, dados bancários, nada. Esse aplicativo transforma o celular em um pedaço de metal inútil”, disse Capelli.
Vale esclarecer que nenhum órgão do governo federal irá utilizar os dados das pessoas, e não há a possibilidade de acessar as informações guardadas nos celulares. O tratamento dos dados dos usuários cadastrados será realizado de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não podendo ser utilizado para outro fim que não o admitido nos termos de uso.
Não há a opção de bloqueio temporário. Caso o aparelho seja recuperado, o usuário terá que entrar em contato com a operadora de telefonia e com os demais parceiros do Projeto Celular Seguro, como bancos e aplicativos, para reativar seus acessos.
Após o registro de perda, roubo ou extravio do celular, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. O procedimento e o tempo de bloqueio de cada empresa estão disponíveis nos termos de uso do site e do aplicativo. O bloqueio dos aparelhos celulares seguirá a mesma regra. Até fevereiro, as empresas de telefonia também passarão a efetuar o corte das linhas.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Conexis, a ABR, instituições financeiras e entidades privadas já aderiram à ação.
Passo a passo para usar o “Celular Seguro”:
Cadastro
1 – baixe o aplicativo no celular pelo Google Play, para aparelhos Android, ou pela App Store, para iOS (iPhone);
2 – o login é feito com a conta Gov.br. Quem não tiver cadastro, poderá fazê-lo;
3 – leia o termo de uso e clique em “concordo”;
4 – é possível cadastrar quantos aparelhos quiser, desde que eles estejam no seu CPF;
5 – será solicitado o cadastro de celulares de pessoas de confiança. Se seu aparelho for roubado, uma dessas pessoas poderá solicitar o bloqueio.
Registro de ocorrência
O registro da ocorrência de perda, roubo ou furto poderá ser feito pelo app por uma das pessoas indicadas, ou pelo próprio dono do celular no site do programa.
1 – acesse “meus telefones” ou “telefones de confiança”;
2 – encontre o celular perdido na lista;
3 – clique em “alerta”;
4 – preencha as informações solicitadas;
5 – será exibido um número de protocolo. Guarde-o;
6 – depois de concluído o registro, as empresas participantes do programa são comunicadas e o telefone fica inutilizável;
7 – importante – o registro da ocorrência não substitui a comunicação às autoridades policiais, operadores de telefonia e instituições financeiras.