O reaparecimento do grupo de ‘justiceiros’, com a finalidade de “caçar” os ladrões que aterrorizam os moradores de Copacabana, Zona Sul do Rio, vem despertando a atenção e ganhando apoio de parcela da sociedade diante da falha do poder público em conter a onda de violência que assola o bairro há anos. Nas últimas semanas, a violência no bairro tomou proporções assustadoras e o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que levou chutes e socos até desmaiar, foi o estopim para o ressurgimento do grupo, que não era falado desde 2015. Na ocasião, o empresário foi agredido após defender uma personal trainer.
Se dividindo em grupos de WhatsApp para caçar quem rouba e furta na região, um integrante do grupo União dos Crias afirma que vai partir para cima com “soco-inglês” para quebrar o osso da cara para deixar eles “pior do que deixaram o coroa”.
Entre os objetos que estão soco-inglês, pedaços de pau e citam até uma ‘retaguarda de peça” – ou seja, pessoas armadas para dar cobertura. Os membros pedem que os integrantes usem roupa preta, esconder tatuagens e levar “máscaras de covid” para esconder o rosto. Outro afirma que vai levar cordas e fita crepe para amarrar ladrões nos postes e deixá-los pelados no meio de avenidas movimentadas.
Além disso, um professor de jiu-jítsu indignado com “agressões e covardias comandadas por vagabundos, assaltantes e desordeiros” postou uma convocação em sua página – com 109 mil seguidores. A intenção do professor seria organizar uma possível força-tarefa para neutralizar esses meliantes em defesa da tranquilidade do bairro e que conta “com os amigos da luta”. A reportagem é do g1.