A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) vai instalar na Cadeia Pública de Volta Redonda (Franz de Castro Holzwarth) um sistema capaz de interceptar e capturar drones. A decisão foi tomada depois que, no dia 1º de agosto deste ano, este tipo de aeronave sobrevoou a unidade prisional, localizada no bairro Roma, mas acabou caindo.
O equipamento foi apreendido, não sendo identificado qualquer material ilícito acoplado a ele, segundo a Seap. No entanto, o fato acendeu um alerta, já que criminosos têm buscado aeronaves não tripuladas para introduzir materiais ilícitos no sistema penitenciário. Além de Volta Redonda, fato idêntico no estado do Rio aconteceu no Presídio Nilza da Silva Santos, em Campo dos Goytacazes, no Norte Fluminense.
A Seap informou que, para se antecipar a esse tipo de estratégia criminosa, foi aberto um processo para a compra de quatro fuzis antidrones, capazes de interceptar e capturar esse tipo de aeronave, a um valor unitário estimado de R$ 1,8 milhão. O dispositivo interfere e bloqueia os sinais de comunicação utilizados por drones. São gerados sinais de interferência que afetam os sistemas de controle remoto do drone, impedindo sua operação normal e limitando sua capacidade de voar.
A secretaria não deu previsão de quando o sistema estará instalado e nem quantos detentos a Cadeia Pública abriga atualmente.
Estratégia – O uso de drones para a entrega de materiais ilícitos em unidades prisionais do país, segundo reportagem da GloboNews, se intensificou no país a partir de 2021, quando o país enfrentava o segundo ano de restrições de locomoção devido à pandemia de coronavírus.
Um levantamento feito pela emissora apurou que, desde 2018, 20 estados somam 717 ocorrências com drones em presídios do país. O maior número de casos (235) foi registrado desde 2019 em Mato Grosso. Depois de uma breve redução, já nos primeiros seis meses deste ano o total de ocorrência já igualou às de todo o ano passado. (Foto cedida pelo Foco Regional)