A Companhia Siderúrgica Nacional apresentou à direção do Sindicato dos Metalúrgicos, nesta quinta-feira (16), proposta para manter o turno de 8h na Usina Presidente Vargas, em Volta Redonda. A oferta é de R$ 5 mil e será levada a votação pelo sindicato na próxima terça-feira (21).
O atual acordo do turno, firmado em 2021, termina no próximo dia 30. Dois anos atrás, a CSN pagou um abono de R$ 4,3 mil. O valor oferecido agora é 16,2% à mais.
A votação será realizada de 6 às 16h30min na Praça Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília. O presidente do sindicato, Edimar Miguel, disse que o órgão de representação dos metalúrgicos defende o turno de 6h, mas que a decisão cabe à categoria. No último dia 8, a mesma proposta foi aprovada pelos empregados da CSN Cimentos, que funciona também na UPV. Foram 65 votos a favor e 19 contra.
Greve por jornada menor – O turno de 8h foi implantado na CSN a partir de novembro de 2017, após uma votação em que o aumento da jornada foi aprovado, mas deixou claro o quanto o tema, pelo menos até então, dividia a categoria: foram 55,6% de votos a favor e 44% contra, depois de três rejeições dos trabalhadores.
Naquela ocasião, a CSN pagou um abono de R$ 3,5 mil em duas parcelas (R$ 2 mil ainda naquele mês e o restante somente em maio de 2018), além de um crédito extra de R$ 500 no cartão alimentação. O sindicato era presidido por Silvio Campos.
O turno de 6h havia sido implantado na empresa após a greve de 1988, que custou a vida de três metalúrgicos, mortos em confronto dos trabalhadores com militares do Exército e da Polícia Militar que foram acionados para desocupar a usina, tomada pelo movimento grevista. A redução da jornada foi um dos principais pontos que levaram à paralisação. (Foto: Divulgação)