A operação “Infra Vermelho”, realizada nesta terça-feira (17) pela Polícia Civil, foi encerrada com o cumprimento de nove de 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça. No entanto, até o momento desta publicação, o delegado de Resende, Ronaldo Aparecido, que coordenou a ação, não informou quantos mandados eram para suspeitos que já se encontram atrás das grades. Um balanço final ainda é aguardado.
Segundo foi divulgado inicialmente, o objetivo foi desestruturar a atuação de uma facção criminosa no Sul Fluminense. Além das prisões, foram expedidos 16 mandados de busca e apreensão em Resende, Barra Mansa e Quatis. Os policiais se reuniram na 5a. Risp (Região Integrada de Segurança Pública), na Vila Mury, em Volta Redonda, de onde saíram no final da madrugada.
A operação foi embasada em uma investigação que contou com quebras de sigilo telefônicos e de dados de aparelhos celulares apreendidos, que, de acordo com o delegado, “demonstraram a atuação de uma associação criminosa ligada à maior facção do estado”.
Ainda segundo Ronaldo, um dos mandados foi expedido para a casa de uma advogada de Resende. Ela conseguiu libertar da prisão um criminoso condenado e sem direito de recorrer em liberdade. Disse o delegado, que o condenado foi solto mesmo com prisões preventivas em vigor. “Inexplicavelmente, ele saiu pela porta da frente do sistema prisional do estado, sendo solto ilegalmente em dezembro do ano passado”, afirma o delegado, acrescentando que os fatos ainda não estão explicados e seguem sendo apurados.
De acordo com ele, na mesma ocasião quase foi solto um outro criminoso considerado um dos braços de Fernandinho Beira-Mar. “Ele acompanha o Beira-Mar em todas as remoções de presídios federais desde 2013, estando condenado a mais de 100 anos de prisão”, acrescentou. (Foto: Polícia Civil)